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Writer's pictureCarlos Miguel

Padrão com bola Académica sub 15 19/20

Updated: Jul 15, 2021



Aqui abordo o que projectámos como filosofia e que nos acompanhou desde o primeiro dia: quando vamos para qualquer jogo devemos ser capazes de controlar os vários momentos de jogo com e sem bola. Ter, no fundo, controlo do jogo. Mais abaixo, deixo também um pequeno vídeo que documenta as ideias seguintes.


Procurámos que esse controlo fosse o mais possível através da bola, incentivando por isso uma Filosofia essencialmente de Ataque, pensando o jogo em termos da sua organização global e em função de como queremos chegar à baliza adversária.


Passando a ideia aos jogadores, definimos 2 momentos, com e sem bola, mas numa perspectiva fluída, onde as transições estão implícitas.

No que aos momentos com bola diz respeito, e na organização que estabelecemos, a presença ininterrupta dos Grandes Princípios de Jogo ao longo do processo foi no fundo uma Matriz que orientou o crescimento das nossas dinâmicas de jogo:


- Uma circulação de bola onde apelámos à intencionalidade e inteligência, na procura constante de criar desequilíbrios, de vencer linhas, na procura constante de desorganizar o adversário e de controlar os espaços de circulação da bola. Apelámos à iniciativa e ao risco, devendo esse risco assentar numa base segura e reconhecida pelos jogadores;


- O controlo dos espaços de circulação da bola e, neste particular, do espaço interior do meio campo, referência essencial para toda a ligação de jogo, para a criação de desequilíbrios, etc;


- Posicionamentos que nos permitissem ter amplitude no jogo, largura e profundidade. Posicionamentos esses que são referências, pontos de partida e pontos de chegada, mas que sejam propensos ao emergir de determinadas dinâmicas em função de estarmos a construir, a gerir a bola ou a definir desequilíbrios. A estrutura que utilizámos foi o GR-4-3-3, com um pivot no meio campo;


- Progredirmos de uma forma apoiada, garantindo sempre apoios próximos e longe ao jogador com bola;


- Aparecermos com vários jogadores para além dos avançados em espaços de finalização;


- Progredirmos em bloco, numa articulação coerente com o momento defensivo, o que nos permitia estarmos próximos e defendermos para a frente em caso de perda, garantindo mecanismos de compensação e de equilíbrio que evidenciaram esse cariz global do jogo.






Foram eles que nos acompanharam a época toda, foram eles que permitiram uma certa integridade em termos de padrão, mas depois foi no aqui e agora, através da descoberta e aporte criativo dos jogadores, que as dinâmicas se expressaram e evoluíram. Concluí assim da importância de nos abrirmos ao desconhecido para poder evoluir o nosso jogo. Sem perda de sentido da Integridade da Matriz (Grandes Princípios), há sempre um desconhecido que emerge no “aqui e agora” – o lado circunstancial, resultantes da descoberta e do aporte criativo dos jogadores.


Obrigado.


Um Abraço.


Carlos Miguel



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